Mônica Rosales
Mônica Rosales

Enquanto muitos cuidam de quem ainda tem a vida toda pela frente, ela dá atenção a quem tem muita história para contar. Há 11 anos, Mônica decidiu fundar a Associação São Joaquim e se dedicar aos idosos.

Ninguém é só corpo; ninguém é só espírito; ninguém é só mente. A gente é uma junção de todos esses estados.

A Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade é um centro de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos. Logo no início, a instituição já havia conquistado um número significativo de atendidos.

Eram cerca de 80 idosos que participavam das aulas de ginástica na praça. Não demorou muito para ela adquirir uma casa maior, com um lindo jardim e uma horta para eles.

Atualmente, a São Joaquim cuida de 320 idosos por mês e uns 50 mil por ano que participam de 30 atividades. Lá, eles cantam, tocam instrumentos e praticam yoga, ginástica, danças, pintura, bordado, etc. Essas atividades não servem apenas para eles passarem o tempo, mas sobretudo para se reconectarem com o que é sagrado neles, com o próprio ser. Graças a elas e aos 65 voluntários, essas pessoas, que chegam sem vitalidade alguma, recuperam-se depois de um tempo e reencontram a esperança perdida.

O trabalho é tão lindo que ninguém imagina o tamanho dos desafios que Mônica Rosales tem que enfrentar todos os dias. Receber ajuda de fora é um deles, porque a ajuda, na maior parte das vezes, vai para crianças e jovens. Nem todo mundo pensa no idoso na hora de fazer caridade. Lidar com o envelhecimento dos atendidos e saber como trabalhar com cada caso é outro desafio. Cada dia que passa, eles ficam mais idosos e precisam de cuidados mais específicos.

Contudo, essas dificuldades não são, não foram e nem nunca serão o motivo para desistir.

Mônica trabalha para devolver a eles esperança, e não para acabar com esta. Por isso, sonha alto, sonha com a compaixão de empreendedores sociais, com a possibilidade de eles também abraçarem essa causa.

Mônica Rosales transforma a falta de vontade em esperança não só na vida, mas neles mesmos. Ela consegue fazê-los ver que ainda têm potencial e capacidade de realizar grandes feitos. Ela não desiste deles e é isso que a torna uma mente diferente.